quarta-feira, 7 de julho de 2010
Maria flor não acreditava mais em romances.
Acreditava apenas em desejos refletindo-se em momentos de prazer e sentimentalismo extinto.
Sonhava e debrusava-se na dor do "melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais".
Derrepente Maria flor vê sua alma debrussada sobre uma outra alma de corpo desconhecido.
Vê-se atraida pelos carinhos, sentimentalismos e desejos mais uma vez.
Vê apaixonar-se por cada detalhe do próximo, e sem culpa deixa-se florecer novamente.
{...}
. {-Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo.}
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.... Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou."
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Maria de Queiroz
segunda-feira, 7 de junho de 2010
são as coisas que ficam.
As lembranças, os desejos e os receios...
A música que vocês ouviram naquele dia,
aquela situação,
a graça,
a vergonha,
a risada,
os olhos,
o corpo e a alma exposta.
São coisas que realmente não se perdem!
Eu gosto de relações assim, eternas.
Aquelas que deixam faíscas de desejos,
lembranças que fazem o coração gelar,
que faz o sorriso se abrir espontaneamente.
Porque só cultivo o que é verdadeiro.
Pode ter acabado, mas o que se viveu ninguém rouba.
São compartilhadas, se não, seriam apenas meras lembranças facilmente esquecidas.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
descobri que eu tenho um super medo de perder pessoas que gosto. na verdade, não é só de perder pessoas, mas coisas, manias, dengos etc. e não falo em "perder pessoas" no sentido de que elas venham a falecer etc. e sim de desencantar, de afrouxar os laços, de esquecer, de distanciar.
juro que eu não conhecia esse meu lado, ou talvez, eu não quisesse enxergar.
se encantar por alguém ou por alguma coisa é muito gostoso, é uma sensação maravilhosa. mas se desencantar é chato... da um aperto incomparável ao coração.
venho reconhecendo isso há uns meses com despedidas, com mudança de ares, com desencantos, com distanciamentos...
sempre fui uma pessoa que me apego fácil as coisas como me desapego fácil também e sempre achei isso bom, mesmo que doloroso e frio. você se machuca muito menos.
de uns tempos pra cá vim aprendendo que as coisas não funcionam assim, é tudo muito relativo.
vim aprendendo que laços são necessários na vida de cada um, estar perto das pessoas é importante e que se doar aos outros é extremamente necessário.
não quero mais distanciamentos, nem por km², nem por pensamentos.
não quero mais descobrir que as pessoas são especiais para mim no último minuto do espetáculo.
{foto: milena moreira}
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Por lembrar, por sentir...
dos olhos,
dos lábios,
da pele sentindo sua mão lhe tocar,
do afago,
dos elogios,
do carinho,
do dengo...
Nunca mais iria sentir tudo aquilo, exatamente daquela maneira, outra vez.
(Por lembrar, por sentir...)
Naiara R.